segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Amor
O que é o amor? Numa sala de aula haviam várias crianças. Quando uma delas perguntou à professora: - Professora, o que é o amor? A professora sentiu que a criança merecia uma resposta à altura da pergunta inteligente que fizera. Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e que trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor. As crianças saíram apressadas e ao voltarem a professora disse: - Quero que cada um mostre o que trouxe consigo. A primeira criança disse: - Eu trouxe esta flor, não é linda? A segunda criança falou: - Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção. A terceira criança completou: - Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha? E assim as crianças foram se colocando. Terminada a exposição a professora notou que havia uma criança que tinha ficado quieta o tempo todo. Ela estava vermelha de vergonha, pois nada havia trazido. A professora se dirigiu a ela e perguntou: - Meu bem, porque você nada trouxe? E a criança timidamente respondeu: - Desculpe professora. Vi a flor e senti o seu perfume, pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la.Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas ao subir na árvore notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe? A professora agradeceu a criança e lhe deu nota máxima, pois ela fora a única que percebera que só podemos trazer o amor no coração e não em nada físico".
Nós , homens e mulheres somos como aquelas crianças temos que levar vantagem em tudo , não importa a dor que ou a quem causamos , sejam nos negócios , no super mercado , com um vizinho , no trânsito , buscamos sempre a nota máxima da esperteza e da .... "EU FIZ , EU ACONTECI , EU , EU , EU...." .
Lembre-se que Deus lhe deu o mais puro dos sentimentos e o mais nobre de todos os dons , tire a nota máxima na escola da vida , aos olhos dEle . Jesus um dia falou ... "em verdade vos digo que quem não receber o reino de Deus como criança , de maneira nenhuma entrará nele" (Mc 10:15)
A flor da honestidade

Conta-se que por volta do ano 250 a.c, na China antiga, um príncipe da região norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.
Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua proposta. No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela pretendia ir à celebração, e indagou incrédula : - Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu : - Não, querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz. À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio : - Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China. A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo, que valorizava muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc... O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado. Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor. Por fim, os seis meses haviam passado e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação a moça comunicou a sua mãe que,independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe. Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as outras pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, das mais variadas formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena. Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa. As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu: - Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz. A flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
A honestidade é como uma flor tecida em fios de luz, que ilumina quem a cultiva e espalha claridade ao redor - Que esta nos sirva de lição e independente de tudo e todas as situações vergonhosas que nos rodeiam , possamos ser luz para aqueles que nos cercam .
- Aproveitem e leiam : Ef 5.9 ( pois o fruto da luz está ....) e Mt 5.16 (Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para ...)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

ADEUS, JEANNE!
Fui surpreendido na quarta feira, quando estava em meio ao Congresso de Pastores Batistas do Estado do Rio de Janeiro em Rio Bonito com uma notícia triste: o falecimento de Jeanne, uma jovem de 29 anos que, havia sido preparada para ser operada na garganta e não resistiu a um choque provocado pela anestesia pré-operatória!Jeanne era membro de nossa igreja mas, em meio ao processo de transferência de membresia, o que tornava a situação bem intranquila, pois há exatos oito meses não nos falávamos com profundidade! Mas, pelo rigor do compromisso pastoral deixei tudo e voltei para Angra a fim de prestar à familia minha solidariedade. Logo, como de costume, parei para refletir sobre algo que possivelmente falaria à familia, e expus algumas idéias extraidas do texto de João 11. No velório, realizado na Primeira Igreja Batista aqui da cidade, tive o privilégio de expor a Palavra, o que o fiz com senso de reverência, dor contida e espírito entregue ao Senhor! Salientei algumas verdades no texto de João 11 com dor e dependência do alto!Mas, eu havia ainda no calor da notícia recebida rascunhado alguns outros princípios em meio à minha reflexão num dos bancos da rodoviária Novo Rio enquanto esperava o casal que estava à caminho de me buscar para levar de volta a Angra, e essas idéias que quero tornar público nesse artigo.(a) Definitivamente, há coisas que não podemos levar para o túmulo.Olhei para o rosto jovem de Jeanne e foi inevitável vir à lembrança de realidades que vivemos juntos. Sua decisão ao lado de Cristo foi em nossa igreja, seu batismo também, seu envolvimento ministerial (jovens, surdos, crianças) foi lá também. E, agora neste último tempo precipitado pelo seu processo de transferência me fiz relembrar de alguns pontos de conversa que poderíamos ter tido! Logo, orei ao Senhor para tirar isso de meu coração, mas foi bem mais forte que eu! O que me consola é saber que ninguém vai embora dessa vida sem receber o preparo do Senhor, essa foi a palavra que o avô paterno de Jeanne se agarrou imediatamente após verificação do óbito de sua neta!Mas, temos de tomar cuidado para não levarmos para o túmulo mesmo preparados pelo Senhor para aquele momento aquilo que para nós representa sonhos adiados, relacionamentos estremecidos, ressentimentos adormecidos e, sobretudo perguntas que não foram feitas! É impressionante, mas Deus nos dá oportunidades incomuns para sararmos nossa alma em todo o tempo de nossa existência aqui na terra, e, acontece que, vez por outra desprezamos uma e outra chance e quando vemos... a vida já se foi! E ficou apenas, saudade!Sem entrar em detalhes eu gostaria de ter estado mais tempo com Jeanne, eu teria alguns esclarecimentos a fazer, mas fui contido pelas circunstâncias, mas eu me curvo ao Deus Todo Poderoso, crendo que, se Ele a chamou é porque para Ele ela estava preparada! Eu, admito, não sei de nada! Deus sabe de tudo!(b) A morte não é linha de chegada, é linha de saída.A verdadeira vida está começando para Jeanne. Nós é que estamos sendo-humanos, somos limitados pelo tempo, a eternidade está fora do tempo! Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, jamais morrerá. Crês isto?" (João 11.25,26).Quando morremos, não esperamos um tempo para a ressurreição, como eu disse ontem a ressurreição "já é"! Tudo acontece fora do nosso tempo, por isso não temos por que nos desesperar como aqueles que não tem a esperança em Cristo Jesus! A morte precisa ser reinterpretada em nossos corações, e eu sei que isso é difícil de elaborar, sobretudo na morte de uma jovem com 29 anos, formada em Direito, contratada pela Prefeitura, cheia de planos e projetos para o futuro, com um novo relacionamento de namoro e com desejo de servir a Deus em alguma outra igreja evangélica, tudo isso já constitui inexoravelmente em um nível altíssimo de expectativas! Mas, ai chega Deus e diz: vamos começar de verdade a sua caminhada?A morte nada mais é do que isso, o inicio de uma caminhada com Deus. Ontem ouvi uma frase que ficou martelando em minha mente: "Jesus nasceu na cruz". Logo, aqui cabe uma pontual aplicação: nascemos já na realidade da morte, porque não podemos fugir do encontro com a mesma, em outras palavras, nascemos marcados para morrer!Mas, Jesus reitera, que aquele que crê, jamais morre eternamente! É isso que importa!Vai aqui um sincero e emocionado: "Adeus, Jeanne"! Naquilo que não ficou esclarecido entre nós, o Senhor lhe esclarecerá na eternidade! Não tenho dúvidas disso! E, creio que as pontuações, as respostas, as justificativas, enfim os arrazoados dados pelo Senhor serão muito mais contundentes do que os meus! O que importa é que, a despeito do seu corpo não ter sido velado em sua igreja (de membresia oficial) o seu coração estará sempre conosco, na IBACEN, e isso ninguém poderá tirar de nós! Meus sinceros e efusivos: Adeus! Até breve!
EU PRECISO APRENDER UM POUCO AQUI...
"Sem os vossos ferimentos e chagas, onde acharíeis esse poder que faz a vossa tremente voz penetrar nos corações dos homens? Os próprios anjos de Deus no céu não podem persuadir os infelizes e errados filhos da terra como o pode fazer a criatura humana atropelada pelas rodas do carro da vida. No serviço do amor, só os soldados feridos conseguem alguma coisa." (Thornton Wilder)Ao olhar para dentro de meu coração tenho reparado o quanto eu preciso aprender mais de Deus! E entendo que essa caminhada na direção de um conhecimento intimo dos desígnios do Pai a meu respeito passa pelas lágrimas e pela sofreguidão humana. São muitos os momentos em que me enxergo na minha insignificância de ser tendo de apelar para o propósito último da minha existência: glorificar a Deus me satisfazendo em Deus!Minha vida tem sido um quadro que vem sendo pintado desde o meu primeiro suspiro em vida, no dia 26 de agosto de 1974, e analisando minha história de vida (ainda curta, admito) tenho aprendido que a vida é bem curta para ser pequena, logo eu tenho de ser mais intenso em minha busca por Deus! Venho sendo envergonhado em minha leitura sobre o avivamento que tem varrido a Indonésias desde os anos 60, e o meu constrangimento tem tido origem em minha inadequação diante dos desafios espirituais que um tempo de avivamento propõe ao crente: sobretudo uma renúncia completa de direitos pessoais!Num contexto de avivamento há uma mortificação do nosso próprio eu, no reconhecimento de nossa fragilidade e também no acorde harmonioso entre luzes e sombras na nossa existência. Aprendo com tudo isso que o som mavioso do Espírito Santo em uma sinfonia com o Pai e o Filho na administração incrível da Trindade Divina só fará coro em mim quando eu aprender a dedilhar as cordas do sofrimento e das penúrias de minha existência paupérima! Sem dúvida alguma, como diria Cowper em seu poema famoso: por detrás de toda providência divina carrancuda, há um rosto sorridente! Deus tem sorrido para mim em meio ao carranco de uma face bem dura, empedernida e vez por outra marcada por decepções, traições, incompreensões, conspirações e oposições bem vis. Mas, eu não posso absolutamente me dar ao luxo de choramingar pelos cantos, e não é isso que ensino cotidianamente aos meus liderados e ovelhas do rebanho que o Senhor a mim concedeu cuidar! Eu ensino que: "bem aventurados os que são perseguidos por causa da justiça... pois deles é o Reino dos céus." E, em sendo perseguidos, injuriados, caluniados e mal considerados, os discipulos de Jesus serão discípulos dos profetas que, perdiam a vida, mas nunca perdiam a esperança! (Mateus 5.10-12).Não dá para desistir! Não dá para fazer "corpo mole"! Temos de insistir! A vida na maioria das vezes não é colorida, é bicromotizada em preto e branco, trata-se de uma pintura que envolve luz e sombras, mas, como disse a frase no cabeçalho do artigo, somente os feridos é que alcançam alguma coisa! Os que choram por seus sofrimentos e são rotulados de antiquadros, ridiculos e obstinados serão os que empreenderão vitórias no mundo espiritual, e, não se esqueça: Deus um dia, enxugará dos nossos olhos toda a lágrima, Apocalípse 21.4, e Deus é bom nisso: recompensar os que se permitiram ferir por causa dos valores de Jesus, os mesmos que, deixaram de viver bem diante dos homens, para morrerem bem diante dos olhos de Deus."Bem aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham". (Apocalipse 15.13).Uma boa morte para você!
O LIVRO "A CABANA" E ALGUMAS PERGUNTAS QUE NÃO ENCONTRO RESPOSTAS!
"A fé nunca sabe aonde está sendo levada. Mas conhece e ama Aquele que a está levando". (Oswald Chambers)Eu confesso que ainda estou impressionado com o relato do livro sobre a inconsistência dos arrazoados humanos na tentativa de compreender o sofrimento. William P. Yong é um canadense, filho de missionários cristãos, que nasceu em uma tribo em Papua Nova Guiné e que completou seus estudos em Religião nos EUA. Ele é um cristão não enganjado em uma denominação, o que torna os seus escritos bem palatáveis aos mais liberais que só sabem criticar a igreja institucionada, como grande vilã da pobreza de vida cristã que eles mesmo vivem! (apenas um desabafo para fazer valer o que penso sobre esses intelectuais que partem de suas idéias para criticar a igreja mesmo fazendo parte dela!).Mas, o diferencial do livro é que, embora possa vir a soar bem irreverente, a Trindade Divina é nos apresentada de uma forma bem candente e bela, em meio à trama que passa o personagem principal em sua perda irreparável conceitos como: perdão, culpa, esperança, libertação emocional e outros parecem sair de suas linhas de uma forma bem incômoda e certeira. Confesso: é de atingir o coração!Quem nunca desejou encontrar-se em uma cabana para encontrar seus fantasmas mais torturantes e em meio a isso tudo encontrar a essência da paternidade divina, a amorosidade do Espírito Santo e a cumplicidade de Jesus Cristo? Tudo isso nos é passado no livro com uma linguagem que só peca quando inclui demais o alcance da redenção divina abraçando religiões não cristãs, o que é um erro!"A cabana" é um murro na "boca do estomâgo" de quem pensa que seu passado é justificativa para sair por ai tratando mal outros semelhantes a Deus que deveriam merecer todo o respeito e consideração humana! Na realidade esse livro vem demonstrar aquilo que tenho dito porque acredito de todo o meu coração: arrogância é bobagem, orgulho é cretinice, todos nós vamos para o mesmo lugar no cemitério e a morte não escolhe bem ou mal preparados para a vida!Ontem eu me vi pensando na realidade do céu e convidando o Deus Triúno a partilhar de minha humanidade, depois pontuei algumas perguntas que quero tornar público nesse texto, intitulei a elas de "questões que não querem se calar", vamos a elas, abri-lhes o meu coração: * Por que eu não capturo o coração de alguns homens da igreja?* Por que eu me tornei tão "sem graça" no desfrute dos relacionamentos?* Por que vez por outra me vejo com sentimentos bem próximos a algo que poderia chamar de ciúme?* Por que eu não perdoei ainda de coração algumas pessoas que me fizeram tão mal?* O que falta para Deus cumprir na minha vida a promessa de me confiar "grandes responsabilidades"?* Onde Deus quer me levar em minha devocionalidade e intimidade com Ele?* Nossa igreja alcançará vôos mais altos comigo? Será eu, Senhor o homem para pastorear esse povo por outros 15 anos?* Tenho direito de fazer o que eu faço em tom de despedida?* Preciso me preparar melhor para a minha missão. Estudar o que e aonde?* Como ser melhor pai, esposo, amigo, pastor, professor, pessoa?* Por que o tema "morte" tem me atraido ultimamente?* O que fazer se, de fato, no processo de conhecimento/enamoramento houver convite de outra igreja para pastorear? O que deverá pesar na decisão independente de ser "sim" ou "não" (no prisma humano)?* Do que eu tenho mais medo: assumir o controle ou perder o controle de vez da minha vida?Isso tudo me fez parar ontem à noite e eu confesso que ainda me parará. Não tenho respostas e nem vou atrás delas não... vou seguir em frente, o Senhor está comigo, e ele já garantiu que estaria me concedendo graça. Sigo em fé! Fé cega e dependente!
UM POUCO DE NÓS ESTAVA TAMBÉM NO VOÔ AF 447
“E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo”. (Hebreus 9.27)John Donne foi um pastor protestante no século XIX que dizia: “não importa por quem os sinos dobram (uma alusão ao repicar de sinos das igrejas católicas na Europa quando alguém falecia na cidade), eles dobram por mim e por você!”. Num tempo de consternação como esse que vivemos não encontro outras palavras para referir-se a tudo isso que vimos e participamos como: morremos um pouco mais! Nossa tecnologia que faz com que o homem transite na mesma órbita dos pássaros, não nos torna suficientemente protegidos das contingências da própria natureza que parece não se conformar com tamanha invasão de seu espaço vital.Durante uma cerimônia de formatura, um pastor levantou-se e disse: “Vocês não pensam nisso agora, mas um dia vocês vão morrer. Quando forem colocados em seus túmulos, as pessoas vão se reunir ao redor citando os títulos que vocês conquistaram, ou falarão sobre o quanto vocês foram uma benção? As pessoas se lembrarão do quanto vocês foram ‘importantes’, ou lamentarão a perda do melhor amigo que tiveram? Os títulos são bons, mas se tiver de escolher entre um título e um testemunho, opte pelo testemunho! Faraó tinha o título, Moisés o testemunho. Nabucodonozor tinha o título, Daniel o testemunho. Jezabel tinha o título, Elias o testemunho. Pilatos tinha o título, mas Jesus o testemunho. É fácil pensar que ser alguém é o mais importante, mas são os atos de amor que você pratica que serão lembrados”.Ainda estou com o coração partido pela queda do avião francês em território aéreo supostamente brasileiro ceifando a vida de mais de duas centenas de pessoas que, desfrutavam em sua maioria dos seus melhores anos. Dentre a tripulação havia príncipe brasileiro, um médico respeitado internacionalmente, um assessor político do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, artistas, engenheiros, dentre outras pessoas “comuns” que iam à trabalho para a Europa ou ainda no desfrute de merecidas férias e comemorações festivas diversas!Eles representavam muitos títulos, como os noticiários vêm alardeando desde ontem, mas eu quero me ater nesse artigo em seus testemunhos, suas histórias de vida e também preciso lançar uma reflexão sobre dois aspectos para mim muito taxativos sobre a morte: a necessidade de estarmos preparados para o encontro com ela e também no fato de que precisamos morrer sem perder a vida. E, a partir da história dessa tragédia aérea que nos tem deixado assustados vamos pensar sobre a brevidade da vida.Ouvi histórias de quem estava nesse vôo que me marcaram: a do alemão que voltava a Europa para pegar alguns documentos para viabilizar seu casamento com uma brasileira, um trabalhador que iria exercer sua profissão em Angola prevendo um tempo melhor para a sua família, uma jovem que ao ouvir de sua mãe o quanto ela amava disse apenas: “amém, amém e amém”! Foram dados alguns abraços efusivos (como do que iria para a Angola) que geraram um e outro estranhamento, mas que em contextos de viagens sem volta sempre ficam a martelar a frágil consciência de quem fica e sofre dobrado! A morte de fato é inexplicável mas, algo que acontece em várias histórias é a impressão de que muitos estavam se despedindo, não era um “até breve”, mas um “adeus”!Um pouco de nós estava naquele vôo, a natureza humana é muito volátil em suas sensações e eu temo que daqui a alguns dias todos se esquecerão dessa tragédia e continuarão suas vidas. Mas, algo precisa acontecer! Temos de nos impactar! Ontem até mesmo o irreverente programa de televisão “CQC” fez um tempo de silêncio em solidariedade ao acontecido! O próprio presidente Lula não participou de um almoço comemorativo em El Salvador, dizendo: “não há clima para se comemorar nada!”.Temos de parar, refletir sobre a vida, e eu lanço aqui algumas reflexões: (a) Temos de viver a vida de fato como quem se encontra de passagem nesta terra!Era esse o pensamento do autor da carta aos Hebreus: “Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a vindoura” (13.14). Essa busca tem de ser séria na nossa curta existência aqui na terra. Não somos de fato donos de nada por aqui, somos peregrinos, estamos indo na direção da nossa verdadeira casa: a cidade celestial.Não podemos nos dar ao luxo de nos encantarmos com as belezas desse mundo tão vil e cruel. Há belezas aqui, sim, mas elas não podem nos roubar da visão de que nada permanecerá de pé por toda a vida, tudo um dia cederá o lugar para o que de fato será permanente, a eternidade. No momento estamos presos a esse tempo cronológico, mas não persistiremos assim não, e o que me impacta é o fato de que aquelas pessoas que estavam no vôo pensavam que chegariam aos seus respectivos destinos, fizeram planos, elaboraram metas, mas o Senhor Deus resolveu recolher-nos no tempo que Ele determinou para cada um deles!(b) A morte deixa-nos com uma sensação amarga na boca!É sempre assim: quando sabemos de uma tragédia, um pouco de nós morre, fica como que desmaiado, sob o efeito do narcótico da dor. Logo pensamos nos nossos filhos, pais, amigos, irmãos, enfim, naqueles que amamos e pretendemos ainda marcar suas vidas com o nosso testemunho. É triste, mas ao mesmo tempo é realista pensar que um dia todos nós vamos experimentar o lado de dentro da morte! Hoje temos visão dela por fora, visitamos os funerais, choramos nos velórios dos outros, mas um dia estaremos vivendo o lado de dentro dessa questão emblemática, seremos nós os mortos! E ai? Como encararemos?Quando lidamos de perto com a morte, lidamos com o que há de mais melindroso em nós, o temor de passar uma vida inteira e não conseguir influenciar nada para que esse mundo fosse um pouquinho melhor! Só pode se sentir completo quem cumpre bem a sua missão olhando para a sua volta e percebendo que o mundo ficou um pouco mais colorido graças a sua presença. Isso é sério! É quando morremos, mas não perdemos a vida! Parece estranho, mas é real. Alguns morrem sem perder a vida. E outros perdem a vida sem morrerem!Jim Elliot, o missionário sacrificado com 29 anos pelos indígenas em sua tentativa de comunicação com uma tribo do Equador para a implantação de um trabalho missionário, disse em seu diário: “não é tolo aquele que dá o que não pode reter, para ganhar o que não pode perder!” Ele morreu, mas não perdeu a vida! Seu exemplo de vida, mesmo depois de morto encoraja milhares de missionários em todo o mundo! Sua abnegação não foi em vão! E a história confirma que a esposa e o filho de Jim Elliot fizeram uma obra incrível no Equador entre os mesmos índios que tiraram a sua vida!Quer saber de outro exemplo bíblico que me fascina: Eliseu ao morrer, adoecido por uma séria enfermidade foi sepultado e o texto de I Reis 13.20-25 é lindo ao referir-se ao que aconteceu quando um homem foi enterrado na mesma cova que o profeta: “Logo que ele tocou os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés”. Ainda morto, Eliseu não perde sua unção profética e Deus lhe concede a realização de um derradeiro milagre, nada menos do que uma ressuscitação! Que Deus fantástico!Assim é morrer e não perder a vida! Mesmo morto sendo alvo de lembranças curadoras, e sendo canal de bênçãos pelo testemunho empenhado por toda uma vida de dedicação à vontade do Senhor. A morte mesmo com seu sabor amargo na boca sempre produzirá gosto de mel quando se trata de apenas uma pausa para o desfrute de uma eternidade inteira com o Senhor da Vida, o próprio Deus revelado na Bíblia e encarnado em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador!
PENSE BEM ANTES DE SE CASAR!
"Assim já não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe o homem". (Mateus 19.6)O que tem de casamentos que já começaram terminando! Isso acontece quando um homem e uma mulher se unem apenas com base nas concordâncias ocasionais e não suportam quando têm de lidar, o que quase sempre acontece, com discordâncias conciliadas apenas com diálogo respeitoso e paciente.Tenho crido que nossa geração anda muito apressada! Soube recentemente de um restaurante em Tóquio que se paga pelo tempo que se passa na mesa e não pela comida em si! Sinal dos Tempos! O casamento tem sido encarado em um momento ou outro como mero passatempo e os seus vinculos são rompidos pelas coisas mais insignificantes possíveis. E o que eu fico pasmo é quando a falta de perdão acirra ainda mais a intrigada vida conjugal com "tortas na cara" com sabor de ódio e ressentimentos.Olha, se você não quer viver boa parte de sua vida perdoando, é melhor não se casar! No casamento aprendemos que perdoar não é opção, é mandamento bíblico e algo indispensável para a boa vida a dois. Nem tudo pode ser levado a "ferro e fogo" no casamento, temos sempre de usar o princípio bíblico de Mateus 18.35: "Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão." Só para lançar alguma luz nesse princípio vamos recordar da história: um servo foi perdoado pelo seu rei em um valor impagável mas não perdoou um valor irrisório de um semelhante. O rei então manda esse servo incompreensivo para a prisão. Dai o principio: Deus também faz assim com quem não perdoa: lança na prisão do ódio e do ressentimento.Ressentimento é você tomar um cálice de veneno na intenção de que o seu inimigo morra! É estultícia, loucura declarada! O perdão é atitude de quem vence, de quem triunfa em meio aos cataclismas familiares, de quem sabe que é perdendo que se ganha!Nesse dia dos namorados pensei neste artigo em um contexto de fortes expectativas pelo nosso "Encontro para Casais" que acontecerá no sábado, dia 13/06 às 17 horas aqui em nossa igreja! Fui tomado hoje por um senso de grande responsabilidade para interceder por casais que precisam vencer realidades passadas que ainda atormentam o presente conjugal. São casais escravos do ontem, e que não conseguem viver o hoje de modo triunfante! Quero dar rápidos conselhos a estes: (a) Não deixe que a dor provocada ontem persista em doer hoje.É difícil falar isso em poucas palavras mas, você tem o poder de perdoar! Não espere ter sentimentos agradáveis a respeito do seu cônjuge para perdoá-lo. Perdoe e você terá como resultado o transbordamento de sentimentos espirituais em seu peito originados no coração do próprio Deus. Quem disse que o outro precisa mudar para eu perdoar? Certamente não foi Jesus, pois Ele ordenou que perdoássemos "70 vezes 7" e isso não tem a ver com sentimento, e sim com decisão! Decida perdoar, lance mão do seu preciosismo!(b) Permita que o Senhor apague sua memória ressentida.O cérebro humano deveria ter uma tecla "reset", mas não tem! Seria bom simplesmente apagar os dados e ter uma reinicialização de emoções, bem como uma seleção de lembranças prazerosas, mas isso não acontece! O que pode acontecer em sua vida é você permitir que o Senhor apague sua memória. Como? Seguindo a orientação do Salmo 85.8: "Escutarei o que Deus, o Senhor, disser; porque falará de paz ao seu povo, e aos seus santos, contanto que não voltem à insensatez". Deixa Deus falar com você, aproprie-se da paz que vem dEle, e não seja insensato (tolo) em desobedecer seu ideal de graça e de perdão sobre a sua vida!(c) Viva o dia de hoje como se fosse o seu último dia.Os corpos das vítimas do vôo AF 447 estão sendo encontrados! As memórias dos familiares estão sendo remexidas em suas lembranças mais dolorosas! Mas, não posso me furtar de dizer que, muitas vidas se foram sem uma devida consideração do valor da própria vida! Existem muitos que se precipitam para a morte sem nunca terem vivido de modo significativo. São pessoas que levam para os seus túmulos amarguras e sentimentos de culpa justamente porque não aproveitaram os dias de sua vida com "coração sábio". A vida passa com muita rapidez! O casamento pode e dever ser uma experiência das mais sublimes na humanidade! Mas, só poderá viver bem a dois, aqueles que souberem viver bem com Deus! A felicidade a dois (homem, mulher) depende do relacionamento a três (homem, mulher e Deus)!Viva feliz com o seu cônjuge, mas não se esquece de perdoar, pois o seu coração não foi criado por Deus para ser um pântano de ódio, mas sim um manancial de alegria e vitalidade!